A partir do dia 15 de fevereiro Cururupu será palco de uma importante exposição

Cururupu – Será aberta, a partir das 17h do próximo dia 15, na Sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo – Rua Cesário Coimbra, n. 130 Centro de Cururupu a exposição denominada “A arte que vem do barro: modos de fazer cerâmica artesanal no Maranhão”.

A exposição é resultados de três pesquisas que envolvem as práticas ceramistas ancestrais existentes na região ocidental do Maranhão, nas regiões da Baixada Maranhense e Reentrâncias Maranhenses.Trata-se de uma parceria entre a UFMA, por meio do Observatório Cultural do Maranhão – PGCult e a Prefeitura Municipal de
Cururupu, com o patrocínio da FAPEMA – Governo do Estado do Maranhão (Edital Comuni 025/2017 – Processo 05117/17 – Responsabilidade técnica: Arkley Marques Bandeira) e apoio da AFAC – Cururupu.

Na visão do professor Arkley Marques, a proposta da mostra é levar o público a refletir sobre as peças que espelham os dons particulares das ceramistas pelo conjunto da obra, considerando a arte cerâmica como um modo de fazer que carrega consigo aspectos intangíveis extremamente relevantes para se conhecer a história, a memória e a cultura. “Trata-se, portanto, de uma referência cultural que permeia a identidade dessas mulheres ceramistas”, declarou.

A exposição apresentará os modos de fazer cerâmica no Quilombo de Itamatatiua, em Alcântara; a Cerâmica das Anas no Quilombo do Porto do Nascimento; em Mirinzal e a produção ceramista quase extinta, em Cururupu. Os estudos estão criando redes colaborativas com as ceramistas, compreendendo o modo de fazer cerâmica como um dos principais elementos identitários destas comunidades, atuando como importante suporte de identidades, memórias, histórias e sociabilidades.

Dentre os temas abordados na Exposição, destacam-se a diversidade nos modos de fazer cerâmica, como a multiplicidade das formas e a liberdade criativa da cerâmica de Itamatatiua, com um forte apelo comercial; a cerâmica funcional e durável, elaborada para preparar, armazenar ou consumir alimentos, das Anas de Porto do Nascimento e os remanescentes cerâmicos funcionais e decorativos de Cururupu feitos por Dona Antônia.

Nos três exemplos, o modo de fazer cerâmica é perpetuado por mulheres e se configura como um saber herdado dos ancestrais, na maioria das vezes membros da família ou de experientes ceramistas que passaram seus conhecimentos para as novas gerações. A exposição acontece no período de 15 de fevereiro a 15 de março, das 9h às 17h. Redação ICURURUPU, com informações da PGCULT.