Trump muda discurso e amplia medidas de restrição social nos EUA

WASHINGTON — Em uma entrevista coletiva marcada por dados sobre tratamentos para enfrentar o coronavírus, equipamentos e algumas discussões com repórteres, o presidente Donald Trump parece ter aceitado que a ideia de “abrir os Estado Unidos” até a Páscoa não é plausível neste momento. Os EUA têm quase 140 mil casos confirmados, com 2.300 mortes.

Falando no Rose Garden, ao invés da habitual sala de imprensa, Trump anunciou que as recomendações do governo federal recomendando o distanciamento social serão ampliadas pelo menos até o dia 30 de abril — até poucos dias, o presidente não escondia seu desejo de afrouxar essas mesmas regras nas próximas três semanas, apesar de especialistas, mesmo dentro do governo, afirmarem que isso não era nem um pouco recomendável.

Trump afirmou que o pico da doença deve ocorrer “nas próximas duas semanas”, ou seja, justamente no período que ele via como o provável para essa reabertura do país.

— Nada seria pior do que declarar vitória antes que essa vitória seja obtida — disse neste domingo. Ele ainda espera que haja uma redução no número de casos e mortes até o começo de junho.

Aos jornalistas, com quem teve algumas rusgas, falou também sobre tratamentos que estão sendo feitos com pacientes, especialmente em Nova York, cidade com o maior número de infecções e mortes. Ele voltou a dizer que os EUA estão realizando mais testes “do que qualquer país no mundo” e anunciou a aprovação de um kit de testagem capaz de dizer se uma pessoa está ou não com o coronavírus em até cinco minutos.


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