Editais fracassam, e Ministério da Saúde entrega só 17% dos leitos de UTI prometidos

Pela segunda vez, o Ministério da Saúde não conseguiu contratar leitos de UTI de instalação rápida para distribuir aos estados no combate ao novo coronavírus. Não houve interessados no pregão eletrônico realizado no último dia 30 pela pasta para obter 2 mil leitos, da mesma forma que ocorreu em outra licitação em 19 de março. Com isso, o número de UTIs de instalação rápida efetivamente entregues pela pasta até agora é de apenas 350 leitos, segundo balanço da última quarta-feira. Essa quantidade representa 17,5% da promessa de repassar 2 mil leitos do tipo aos estados, feita pela pasta em março. Outros 190 leitos foram contratados, mas ainda não houve entrega deles por falta de respiradores.

Diversas cidades estão entrando em colapso devido à escassez de UTIs, como Rio  de Janeiro, Manaus, Belém e São Luís. O Brasil já registrou 7.921 mortos e 114.715 casos, segundo boletim desta terça-feira do Ministério da Saúde. A licitação do último dia 30 foi caracterizada como “deserta”, pela “inexistência de propostas”, segundo a ata do pregão. Seriam adquiridos 200 lotes de 10 leitos de UTI cada um.

Cada leito possui oito equipamentos, como ventilador pulmonar (respirador) e desfibrilador. O prazo estimado para montagem era de sete a 10 dias, por ser um tipo “volante”, mais simples para instalar.


Publicado

em

por

Tags:

Comentários

Deixe um comentário