Comarca de Cururupu capacita servidores do sistema de justiça para lidar com autores de violência doméstica

CURURUPU – A comarca de Cururupu realizou, nos dias 18 e 19 de junho, um curso de “Formação para Grupos Reflexivos de Gênero com Homens Autores de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher”, na sede do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), voltado para servidores das instituições integrantes do sistema de Justiça da cidade.

A capacitação – ministrada das 8h às 12h e 14h às 18h – foi oferecida pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica contra a Mulher (CEMULHER), do Tribunal de Justiça do Maranhão, presidida pela desembargadora Ângela Salazar, que atua no desenvolvimento de políticas públicas de enfrentamento da violência doméstica no âmbito do Poder Judiciário.

As palestras foram ministradas pelas analistas judiciárias, Edla Ferreira, psicóloga, e Josemary Andrade de Almeida, assistente social, integrantes da equipe técnica multidisciplinar da CEMULHER, para servidores do Poder Judiciário e Ministério Público locais, Delegacia de Polícia Civil; do 25º Batalhão de Polícia Militar, representantes da UPR de Cururupu, CREAS; CAPS e advogados.

Durante a capacitação, foi feita uma abordagem teórica sobre os conceitos de gênero, violência doméstica e masculinidade, e uma ampla abordagem sobre a metodologia de grupos, na qual os participantes do curso externaram suas experiências e conhecimentos sobre os trabalhos em grupo. Ao final, as discussões foram voltadas para os grupos reflexivos e os instrumentos de aprimoramento desses grupos.

Para Emanuelle Sousa Costa Chaves, do CREAS, a capacitação proporcionou conhecimentos e orientações sobre como trabalhar a questão da violência doméstica. “Nós já temos uma vivência de trabalho com as vítimas, com o intuito de superação da violência sofrida. Mas a partir dessa capacitação aprendemos que podemos criar estratégias para trabalhar com os autores da violência, por meio dos grupos reflexivos. Isso é muito importante, tornando-se um importante passo a favor do combate à violência doméstica”, disse a participante.