Em Cururupu sindicato anuncia adesão à greve geral da educação para esta quarta-feira (15)

CURURUPU – Estudantes, professores, técnicos e entusiastas de todos os níveis da educação se reúnem em ‘defesa da educação’. O dia 15 de maio de 2019, ao que tudo indica, será marcado por uma grande paralisação nacional em defesa da educação. Nomeada de “Greve Nacional da Educação”, a mobilização contará com representantes e entusiastas de todos os níveis de ensino – desde o básico ao superior -, unindo alunos, professores e técnicos em uma só causa: a contrariedade ao congelamento de recursos na educação, pelo governo Bolsonaro. 

Em Cururupu, o Sindicato Servidores Públicos Municipais de Cururupu (SINSPUMUC), também aderiu a Paralisação Nacional e está convocando todos os profissionais da educação sócios da entidade para estarem nesta quarta-feira (15), às 8 horas da manhã, em frente a sede administrativa do SINSPUMUC em uma grande concentração e reivindicar seus direitos. A afirmação veio do presidente da entidade, o professor Luilton Lima Costa que tem usado os meios de comunicação para dá visibilidade e chamar a atenção da população.

As mobilizações também devem servir de “esquenta” para a greve geral marcada para o dia 14 junho contra a “reforma” da Previdência do governo Bolsonaro. O movimento foi convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), e ganhou impulso após o corte de 30% nos recursos das universidades e institutos federais anunciado pelo governo, que afetam inclusive a educação básica.

SAIBA MAIS

Um levantamento feito pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior mostra que o MEC [Ministério da Educação] bloqueou pelo menos R$ 2,4 bilhões para investimentos em programas do ensino infantil ao médio. Já o bloqueio nas universidades e institutos federais foi de R$ 2,2 bilhões.

“A ideia é que o ato seja uma caminhada de diálogo entre os estudantes e profissionais da educação dos diversos níveis de ensino. Esperamos a participação, inclusive, de instituições de ensino particulares, de pessoas sensibilizadas com os cortes nas universidades, institutos federais e escolas públicas”, disse Tiago di Luca, coordenador geral do DCE/Ufal [Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Alagoas].

Os institutos federais de educação foram um dos mais atingidos [com o contingenciamento das verbas] em cerca de 36%. Hoje, uma instituição que está em milhares de municípios, cuja vulnerabilidade social é significativa e que, dentro dos institutos tem a oportunidade de se formar com uma educação de qualidade, se desenvolver em pesquisa e extensão e adentrar no mercado de trabalho qualificadamente.

“A gente está tentando garantir o mínimo de soberania Nacional, com o investimento nas universidades públicas. Depois na virada do século 21, entrou na universidade pública uma quantidade de gente significante das classes mais populares e que produz muito no ambiente acadêmico. No país, mais 90% das pesquisas científicas, por exemplo, são produzidas nas universidades públicas, e isso influencia em muita coisa no cotidiano do povo. A educação que está diretamente vinculada ao futuro do Brasil. Entendo que defender a educação pública é defender o óbvio”, afirma um estudante ouvido pela reportagem.