Falta de sinalização e trânsito desorganizado são causas de reclamações em Cururupu

CURURUPU – Recentemente a redação do ICURURUPU recebeu de diversos internautas o pedido de uma matéria sobre o trânsito em Cururupu, diante do pedido o ICURURUPU percorreu vários bairros de Cururupu e pode constatar uma dura realidade, uma cidade com o transito desorganizado, sem placas e nenhuma sinalização. 

Diante da situação alguns questionamentos são evidentes, afinal de conta sabemos que é necessário atenção à sinalização de trânsito para evitar acidentes, por outro lado nos indagamos, sobre o que fazer quando não há sinalização alguma e organização no trânsito.

Não é difícil ver motoristas passando direto nas lombadas, que são quase imperceptíveis até na luz do dia. A situação se repete em toda cidade. Pessoas ouvidas pelo ICURURUPU foram categóricas em afirmar que o trânsito é uma “verdadeira loucura”. No principal cruzamento do centro da cidade, na Tv. Dom Pedro II com a Rua. Getúlio Vargas (conhecida como rua grande), não há nenhuma faixa de pedestre pintada e os veículos fazem conversões que fica difícil de entender. “O tráfego de veículos nesta região é muito intenso e vira uma confusão, se tivesse sinalização, o trânsito fluiria bem melhor”, diz um mototaxista que trabalha na região. No local também não existem guarda de trânsito. 

No bairro de Fátima, mais precisamente na rua que compreende a via conhecida como “Rua do Pinche” o trânsito é uma calamidade, soma-se à falta de sinalização a buraqueira que se estende por toda a extensão da importante via, além do fato de ser um dos principais acesso a diversos povoados do município de Serrano do Maranhão, a via é o portão de entrada da cidade pra quem vem de vários povoados do município de Cururupu. 

As ruas e bairros que citamos é apenas pra ilustrar o problema do trânsito na cidade, uma vez que a cidade não possuem nenhuma rua ou avenida sinalizada em toda sua área. 

Dados do Detran apurado pelo portal ICURURUPU apontam que Cururupu possuem 2.841 veículos, desse total, 2.794, ou seja, 98,35% são particulares, 28 que representam 0,99% são alugados, já oficias são apenas 13, que representa 0,46% e 6 são de aprendizagem, cujo percentual é de 0,21 da frota local. 

 Atendendo pedidos do Ministério Público do Maranhão (MPMA), formulado em Ação Civil Pública, a Justiça determinou, no dia 22 de agosto de 2017, ou seja, a quase dois anos atrás,  que o município de Cururupu implementasse medidas para o funcionamento do Departamento Municipal de Trânsito e da Junta Administrativa de Recursos e Infrações (Jari). A manifestação ministerial foi formulada pelo então promotor de justiça Francisco de Assis da Silva Filho, assinou a decisão o juiz Douglas Lima da Guia, juiz titular da Comarca de Cururupu.

A decisão judicial determinou ainda a sinalização de trânsito (mão de direção; segurança; pedestres; sinalização vertical, horizontal e semafórica; definição de políticas de estacionamento; circulação de pedestres e veículos), conforme o Código de Trânsito Brasileiro.

O Município também foi obrigado, no prazo de 30 dias após o cumprimento dos demais itens, a divulgar, no Portal da Transparência, as informações sobre os recursos arrecadados mensalmente com a cobrança das multas de trânsito. Em caso de descumprimento de qualquer obrigação, foi estipulado o pagamento de multa diária no valor de R$ 1 mil. 

O ICURURUPU entrou em contato com o secretário municipal de Obras, senhor Marcelo Mendes, em resposta o secretário disse que o município está trabalhando no processo de municipalização do trânsito, porém não deu prazo, ainda segundo o secretário, já existe um projeto pronto em relação centro, e na entrada da cidade no bairro Areia Branca. Tendo em vista as reivindicações do povo, o secretário destacou que está havendo um trabalho para o melhoramento da mobilidade urbana, assim como a qualidade das vias de Cururupu.

Quanto à decisão judicial a qual determina melhoria no trânsito do município, o secretário afirma que o governo municipal está com o projeto de parte da cidade pronto e em processo licitatório para aquisição de placas para sinalização vertical, assim como para sinalização horizontal em detrimento ao cumprimento da decisão judicial.

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