Estratégias de prevenção e controle do sarampo é discutido no Maranhão com profissionais de saúde

O Governo do Estado tem atuado ativamente nas estratégias de enfrentamento do sarampo no estado. Para assegurar a prevenção, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina contra a doença. Nesta quinta-feira (22), gestores e profissionais de saúde da Região Metropolitana participaram do Seminário de Sensibilização para Prevenção e Controle do Sarampo, no auditório do Palácio Henrique de La Rocque, em São Luís.

“Entre as obrigações do governo está o compromisso com a saúde da população. As ações destinam-se a garantia de atos que visem à proteção a todos. Para deter o avanço do sarampo no estado, a vacinação é a maneira mais eficaz. Neste processo, a participação da sociedade é fundamental para assegurar a imunização das crianças”, frisou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.

No seminário, equipes técnicas apresentaram aspectos epidemiológicos do sarampo, situação epidemiológica no Maranhão e ações desenvolvidas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES); aspectos clínicos, diagnóstico e manejo de pacientes suspeitos e confirmados de sarampo; diagnóstico laboratorial do sarampo, procedimentos laboratoriais e metodologias utilizadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen-MA), além de coberturas vacinais e estratégias de imunização nas situações de surto.

A superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Léa Márcia Melo da Costa, destacou que a gestão estadual desenvolve ações de controle do sarampo no estado. “A primeira ação é o incentivo a vacinação. Infelizmente ainda estamos bem abaixo do esperado. Sobretudo as crianças que são as mais afetadas pela doença. Também foram capacitados 400 profissionais de saúde em 14 regiões para resposta rápida, vacinação dos municípios com menor cobertura de imunização e treinamento de colaboradores no EpiSUS”, detalhou.

Segundo o Ministério da Saúde, a doença afeta São Paulo – que concentra 99% dos casos do país, Rio de Janeiro, Pernambuco, Goiás, Paraná, Maranhão, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Piauí.

No Maranhão, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou dois casos de sarampo. O primeiro caso foi de uma mulher, de 48 anos, que contraiu a doença em uma viagem à São Paulo e voltou para o município de Vitorino Freire infectada. O caso foi notificado pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAM) no dia 7 de agosto. Na ocasião, a SES iniciou as ações de bloqueio contra o vírus do sarampo em Vitorino Freire.

O segundo caso de sarampo registrado no estado foi notificado no dia 15 de agosto. A SES adotou medidas de bloqueio vacinal e busca ativa dos contatos. A criança, de 8 meses de idade, sexo feminino, reside no município de Lago da Pedra.

Para o gestor da Regional de Saúde de Pedreiras, Marcos Pereira, o seminário potencializa a resposta rápida na prevenção e assistência. “O evento é de grande importância, una vez que estamos lidando com uma situação que há alguns anos não era registrada. O segundo caso de sarampo registrado foi no município de Lago da Pedra, que faz parte da Regional de Pedreiras. A SES prontamente enviou vacinas e todas as providências para controle da doença estão sendo tomadas”, disse.

Vacinação 

A vacina tríplice viral previne contra sarampo, rubéola e caxumba. Cerca de 50 mil crianças entre 6 meses e 1 ano de idade devem ser vacinadas contra sarampo, em todo o Maranhão, com dose adicional, que não substitui as que integram o Calendário Nacional de Vacinação.

As crianças devem tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose), e aos 15 meses (2ª dose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela, respeitando o intervalo de 30 dias entre as doses.

O sarampo é uma doença grave que pode deixar sequelas ou causar o óbito. A vacina é a única proteção contra a doença. A transmissão do sarampo pode ocorrer entre 4 dias antes e 4 dias após o aparecimento das manchas vermelhas pelo corpo.

Vacina contra o sarampo

Os tipos de vacinas que protegem do sarampo são:

Dupla viral – Protege do vírus do sarampo e da rubéola. Pode ser utilizada para o bloqueio vacinal em situação de surto;

Tríplice viral – Protege do vírus do sarampo, caxumba e rubéola;

Tetra viral – Protege do vírus do sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora).

Crianças:

Dose zero: Devido ao aumento de casos de sarampo em alguns estados, todas as crianças de 6 meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas (dose extra);

Primeira dose: Crianças que completarem 12 meses (1 ano);

Segunda dose: Aos 15 meses de idade, última dose por toda a vida.

Adulto:

Tomou apenas uma dose até os 29 anos de idade: Quem tem entre 1 e 29 anos e recebeu apenas uma dose, recomenda-se completar o esquema vacinal com a segunda dose da vacina;

Quem comprova as duas doses da vacina do sarampo, não precisa se vacinar novamente.

Não tomou nenhuma dose, perdeu o cartão ou não se lembra?

De 1 a 29 anos – São necessárias duas doses;

De 30 a 49 anos – Apenas uma dose.